Ontem fui mais uma vez a casa da minha amiga V. Quando chegamos, o chão estava cheio das crianças que todos os dias lá vão para as explicações, mas também para gozar um pouco do carinho que os pais dela distribuem por todos os que entram pela porta.
Como de costume, sentei-me no chão e lá comecei as minhas tentativas de comunicação em gujarati. Passado alguns momentos, fui atender uma chamada para a porta da casa, já que dentro de paredes nao há rede. Enquanto estava de pé, a falar com a minha "chefe", entrou uma senhora, com uma criança mais pequena ao colo. Terminada a chamada, volto para o meu lugar. A recém-chegada criança estava sentada mesmo à minha frente e, como de costume, a olhar para mim de olhos bem abertos. Eu sorri. Os lábios do miúdo movem-se esboçando o que, na primeira fracção de segundo, me pareceu um sorriso. Bem enganada estava. A criança começa num berreiro como nunca antes tinha ouvido, a olhar para mim como se eu fosse o diabo encarnado em figura de gente. Nem a presença da mãe, nem o seu colo, acalmaram o petiz, que teve que ser imediatamente levado para casa, antes que furasse os tímpanos a todos os presentes.
Confesso que fiquei em choque por, tão claramente, ter sido eu o motivo de semelhante reacção. Parece que o meu charme não funciona em todos os indianos por igual.
5 comentários:
ehehe!! Há dias assim:P
Um beijinho grande
Cara Teresa...á certos dias de manhã, que uma mulher á tarde não pode saír á noite....
Vai vêr que na próxima a criança vai sorrir
Saudações Marítimas
José Modesto
A criança deve ter problemas de visão. Só assim se poderia entender que o miúdo tivesse ficado assustado com a tua presença. Mas enfim...
O bicho papão, a bruxa má e o homem do saco, todos são encarnação dos piores receios das crianças: que lhe roubem a geloseima. O que fizes-te ao pobre petiz?
Volta depressa que a Otília já não dura muito mais....
Olha o puto, tão pequenino e já demonstra que não tem bom gosto!
Jinhos
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