quarta-feira, 22 de abril de 2009

Férias parte 3.2: Bangkok e arredores

Os dois dias que passamos em Bangkok foram muito chuvosos, com excepção da nossa incursão matutina ao Mercado Futuante, que fica a uns 80km da cidade. Passamos lá umas horas fabulosas e acho que as fotos falam bem por si.










Para chegarmos ao Mercado, viajamos por canais, uma verdadeira Veneza Asiática, onde as portas dão directamente para a água e os vendedores de vegetais viajam de barco entre as casas dos seus clientes habituais.





Em Bangkok visitamos uns templos, mas sempre muito encolhidas debaixo do guarda-chuva e rodeadas de indianos, cuja noção de visita cultural é: chega, tira foto, vai embora, confere a foto confortavelmente sentado dentro da carrinha. Portanto, digamos que foi uma visita apressada, connosco sempre a atrasar a "excursão", devido à minha insistência em fazer perguntas à guia e em apreciar o ambiente (caraças, não é todos os dias que estou dentro de um templo budista na Tailândia!).








A Ásia tem destas contradições e nem os budistas lhe escapam. Nos templos, onde temos que andar tapados até ao pescoço, onde não são admitidos calções, tops de alças, t-shirts decotadas, entre outras sem vergonhices, verdadeiros atentados ao pudor, venera-se o pénis de Shiva. No mesmo templo onde um monge me mandou fechar o xaile que eu levava, nos breves 2 segundos em que ele se abriu e revelou um pouco dos meus ombros, existe uma estátua de pedra que representa o órgão sexual masculino de Shiva. A estátua tem direito a nome próprio, Shivalim e os casais dirigem-se ao local primeiro, quando não conseguem engravidar e, depois de conseguirem, com ofertas ao pénis sagrado.



Em Bangkok ainda visitamos a Chinatown, onde se encontra de tudo à venda (barbatana de tubarão incluída) por tuta e meia, e fomos presentadas com um dilúvio à Tailandesa, que incluiu saraiva (!).


Outra peculiaridade desta viagem foi a quantidade de vezes que nos propuseram ir ver shows de animais, entre os mais bizarros estão os elefantes que dançam ballet e o boxe de macacos. Apesar da insistência dos guias que os espectáculos eram divertidíssimos e que faziam qualquer pessoa rir, a minha solidariedade com a dignidade animal falou mais forte. Aqui estou na quinta das cobras, onde destemidos treinadores apanham cobras venenosas com os dentes. Eu fiquei no bar.

4 comentários:

eduardo disse...

Chamar Veneza do Oriente a Bankok é de concerteza um eufemismo. Pelo menos ver pelas fotografias que apresentas. Eu conheço Veneza, já lá estive duas vezes. Mas uma capital como Bankok não tem nada que ver. Esta é, pelo menos, a minha opinião.

Helena Almeida disse...

Goi!!
Quando estou de férias tenho o ímpeto inexplicável de tirar foto a tudo o que mexe. A minha explicação é que não me quero esquecer do que vi e vivi...
Mas tirar fotos de dentro da carrinha é o cúmulo do comodismo!
Nem sequer consigo idealizar o tipo de ambiente desse mercado flutuante... dever ter sido único!
Parabéns pela foto no bar da quinta das cobras, estás fantástica!
Também gostei da foto do Shivalim... um conceito interessante... pois se Shiva é divino, o seu pénis tem que ser sagrado:)
BEIJOS!!

JOSÉ MODESTO disse...

E nem precisam de contentores!!! experiência fantastica.
Diferente.fora do vulgar, no entanto permita-me dizer-lhe que estamos a falar de um País que começa cada vez mais a emergir na área do shipping.
Por Exemplo sabia que as grandes companhias de navegação têm os seus centros de documentação na India?

Imagine em Portugal, enviarmos um contentor por exemplo para os EUA a documentação do mesmo é feita na India.
Já ouviu falar por exemplo da MAERSK LINE esta é uma das companhias que utiliza o seu centro de documentação na India.

Saudações Marítimas
José Modesto

Dada a minha área soube

Queiroz disse...

Que maravilha de descrição e óptimas experiências devem ter tido!
Afinal o paradoxal e o bizarro brotam onde menos se espera!
Devem ser recordações quase eternas...
Beijinhos

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