Para relaxar e descomprimir e porque em Surat, tirando os casamentos, não acontece nada, eu e a minha colega fomos para Mumbai este fim de semana. As poucas horas que passamos lá deram para renovar a alma. A cidade é diferente e nem Nova Delhi lhe chega aos pés em termos de espírito cosmopolita, que em Mumbai se consegue sentir em muitas ruas de edifícios antigos e de inspiração europeia. Às favelas não fomos.
Depois de um almoço non-veg com cerveja, para desenjoar da seca obrigatória imposta no Gujarate, fomos até ao Gate of India. Olhamos, tiramos fotografias e depois sentamo-nos e deixamos o nosso estatuto de rock-stars começar a funcionar. As pessoas aproximavam-se de nós, com as perguntas do costume e o pedido da fotografia com a mãe, com os filhos (curiosamente, nunca com o pai). Até o nosso guia Footprint foi alvo de curiosidade.
Em Mumbai tive a prova última de que a Índia é o país de extremos por excelência. Ainda com a memória fresca da imensidão de favelas que vive a paredes meias com o aeroporto internacional, péssimo cartão de visita, desta vez cruzei-me com um Rols Royce prateado a caminho de Chowpatty Beach, onde fomos ver o pôr-do-sol. Foi uma experiência que acredito repetir de cada vez que venha a esta cidade (a praia, não o carro). A mistura de sensações torna a experiência indescritível e a familiaridade que o mar me traz, tornam o momento ainda mais agradável. A praia estava cheia como de costume, com familias a comer milho assado e outros snacks mais indianos e a aproveitar o ar mais fesco do fim de tarde à beira-mar.
No dia seguinte, voltamos ao Gate of India para apanharmos um barco até às ilhas Elephanta. O nosso barco de luxo (pagamos mais 20 rupias de upgrade da classe económica), era uma embarcação de madeira, com bancos de plástico que já viram melhores dias e um balancear que pôs (quase) toda a gente enjoada.
A viagem de barco, a caminhada ao sol depois de pôr os pés em terra e a subida de 110 degraus, sob o calor do meio dia, vale a pena, para ver as grutas Elephanta, um World Heritage Site. Abertas ao público apenas estão cinco e só a primeira vale a pena ver. Mas as estátuas em pedra vulcânica e o contraste da austeridade e escuridão do interior com a côr, luz e macacada que povoa o espaço em torno dos antigos templos, vale bem uma visita.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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5 comentários:
Teresa... Teresa... Tu na India é mais desejada com o "Emplastro"... melhor dizendo é uma versão muito melhorada desse famoso homem do Porto.
AINDA BEM QUE ESTÁS A APROVEITAR O TEMPO QUE TE RESTA!!!!!. JÁ FALTA POUCO.!!!!!
ENJOY O MAIS QUE PUDERES POIS É UMA PSSAGEM DA TUA VIDA QUE NUNCA VAIS ESQUECER. BEIJO DO TAMANHO QUE JÁ SABES..... E
ABRAÇOS APERTADINMHOS
Que bom saber desse fim-de-semana enriquecedor. Pela descrição deve ter havido ocupação total. Votos de mais experiências gratificantes.
Beijinhos
Olá Dª.Teresa, fico contente que tenha andado de barco...
Afinal não é só matosinhos a terra de Horizonte e Mar.
Interessante esta sua experi~encia vivida.
Parabéns por Partilhar Connosco.
Saudações Marítimas
José Modesto
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