terça-feira, 27 de abril de 2010

Fila Indiana na Feira do Livro

Na próxima sexta-feira, dia 30, pelas 17h, vou estar na Feira do Livro de Matosinhos para a segunda (e última) apresentação da Fila Indiana.
 
Apareçam para mais umas imagens e histórias indianas engraçadas.
 
Para quem apareceu na primeira apresentação, venham outra vez, que as fotos  e as histórias vão ser diferentes.
 
Fica aqui o link com o programa completo da Feira do Livro.
 
Beijinhos e abraços

quarta-feira, 31 de março de 2010

Apresentação no Rotary Club da Senhora da Hora

Imagens de uma noite cheia de surpresas, muito bem passada, na companhia de novos amigos.



segunda-feira, 22 de março de 2010

Apresentação NA FILA INDIANA

Meus querid@s,
 
Esta quinta-feira dia 25 às 21h30, vou fazer a primeira apresentação pública do Na Fila Indiana - relato de uma voluntária matosinhense na India.
 
Vai ser no Clube dos Rotários de Leça da Palmeira, na Rua Clubes de Serviços, Senhora da Hora. Pelo googlemaps é fácil chegar lá.
 
Conto com a vossa presença, para 30 minutos de conversa e fotografias indianas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Após o robot

Ontem foi o dia da espera. Antes da operação e durante. Passei grande parte do dia sozinha no quarto, sem saber o que estava a acontecer. Por volta das quatro da tarde, apareceu um médico brasileiro a perguntar um valor de umas análises de sangue. Ora, cirurgiões com dúvidas a meio de intervenções cirúrgicas não é coisa que me ponha muito descansada. Mas todos os médicos a quem contei este pormenor o descartam como sendo de menor importância. Finalmente, por volta das 20h30 lá apareceu o cirurgião principal: um homem alto, com farta cabeleira grisalha, toda despenteada, com ar de quem caminha a passos largos para preencher o lugar de cientista louco. Disse que tinha corrido tudo muito bem, que tinham retirado tudo e que os materiais, chamemos-lhe assim, tinham sido enviados para o laboratório. Passado uns minutos, aparece o Super Pai, super drogado, a teimar comigo que ainda não tinha sido operado e depois, a insistir que tinha estado meio acordado durante a intervenção. O poder das drogas é fabuloso...

E terminou assim um dia de stress. Ver Super Pais ser levados em camas de hospital é complicado. Parece que lhes retiram a super capa, ficando todas as vulnerabilidades dos comuns mortais à vista. E os pais nunca deviam ser mortais. Eu sei que são, mas não deviam.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

On attends...

Dormir em quarto de hospital é impossível a não ser que a malta esteja completamente drogada. Depois de uma noite quase em branco, irrompem pelo quarto, às sete da manhã, as enfermeiras-pilha-eléctrica, com um humor que não desiste. Depois de um parco pequeno almoço e do início do jejum para o Super Pai, começou a espera. A cirurgia está marcada para as duas horas. Até lá, não há nada para fazer, nem ninguém para chatear... O calmante que deram ao SP para dormir ontem à noite, começou a fazer efeito há umas horas atrás. Ele ressona para um lado, eu leio para o outro. Até já.

O exterior da clínica. Temperaturas: máx 4ºC / min -3ºC. É um calor estranho...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em stress, Em França. Mas em andamento positivo...

O regresso tem sido em cheio e nem sempre pelos melhores motivos. Houve muita festa, sim, mas estes meses, que era suposto serem dedicados à tese, têm sido absorvidos pelo diagnóstico de cancro do Super Pai. Do mal o menos: está tudo sob control e, depois de muito stress associado à necessidade de tomada de decisão mediante demasiadas alternativas, chegamos hoje a Bordéus. Ele vai ser operado amanhã, numa clínica toda XPTO, que tem um super robot, especialissíssimo para efectuar este tipo de cirurgias. Por caprichos mirabolantes típicos, viemos os dois sozinhos.

O espírito começou a esmorecer com a chegada à clínica. Estávamos à espera de um espaço topo de gama e o que encontramos foi um beco, com edifícios antigos, nem todos bem recuperados. Os sinais estão colados nas paredes dentro de micas transparentes; a sinalética dos pisos é alterada a marcador... A entrada no quarto foi o choque maior. As saudades que trouxeram os hospitais portugueses: persianas sujas, janelas sem cortinas (o parque de estacionamento teve uma maravilhosa vista do peitaço do Super Pai), quarto sem sítios para pousar as coisas básicas, armários sem puxadores, quarto de banho sem sabonete. Enfim... Eu sei que o importante é que os médicos sejam bons (excelentes, tá?) e que o robot seja tudo o que é publicitado. Mas quem já trabalhou em hospitais, aliás, quem já usou um espaço hospitalar, percebe que para o doente todos os pormenores contam. E nem o Super Optimismo (meio fachada, mas isso é outro capítulo) do SP aguenta tanta falta de atenção.

Felizmente estamos cá para resolver estas coisas e a vontade de animar também é muita. Depois de torturar umas enfermeiras e de fazer cara feia a umas auxiliares, já conseguimos ir às lágrimas de tanto rir. Os ânimos já se elevaram, a malta já tá de pijaminha, pronta a saltar para o vale dos lençóis (que aqui é mais pedreira, porque as camas devem ter vindo para cá em 1675 quando o sítio foi inaugurado). Amanhá o SP vai para o bloco às 14h. Eu vou fazer o check-in num hotel aqui ao lado. Até já.

O quarto. N.B. o detalhe do material esterilizado empoleirado em cima do candeeiro.


La pérsianne toda caguée...

O belo risco feito pela cama que até papel arrancou da parede...


O toque de classe na sinalética. N.B. os números a marcador. Master Mouse, enjoy...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Post de uma morte anunciada

Sim, o blog está votado ao abandono, mas desta vez não peço desculpas. O regresso tem ritmos estranhos e variadíssimos e quando pensamos que estamos mais estáveis e prestes a entrar numa rotina, que finalmente nos vai permitir começar o raio da tese, acontecem 238 coisas ao mesmo tempo, que nos deixam atarantadas. Uso aqui o nós real, mas a quem me refiro é a mim, já se sabe.

Pois em pouco mais de um mês tive casamentos e funerais, internamentos e biópsias, festas, noitadas e directas. Parece extracto de vida concentrado, tudo a cair em catadupa que é para ter mais efeito. Está a ser interessante, mas com tanta montanha russa, não há tempo, disposição nem paciência para proceder ao registo das actividades neste espaço. Quando as horas que antes se passavam numa secretária, com pouco para fazer e tempo para escrever, são substituídas por experiências, dramas, aventuras, enfim... vida à portuguesa, temos mais é que mergulhar de cabeça neste caldeirão de acontecimentos, senão arriscamo-nos a perder os pormenores. Que são os que fazem toda a diferença.

Em breve haverá uma apresentação pública das experiências que foram sendo registadas nesta Fila ao longo destes tempos. Deverá acontecer em Matosinhos e será recheada de fotos, relatos e detalhes sórdidos e será anunciada aqui. Depois partiremos para outra. Até lá, roubo a ideia à Inês.
Beijinhos, Teresa
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