terça-feira, 27 de abril de 2010
Fila Indiana na Feira do Livro
quarta-feira, 31 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Apresentação NA FILA INDIANA
sábado, 19 de dezembro de 2009
Após o robot
Ontem foi o dia da espera. Antes da operação e durante. Passei grande parte do dia sozinha no quarto, sem saber o que estava a acontecer. Por volta das quatro da tarde, apareceu um médico brasileiro a perguntar um valor de umas análises de sangue. Ora, cirurgiões com dúvidas a meio de intervenções cirúrgicas não é coisa que me ponha muito descansada. Mas todos os médicos a quem contei este pormenor o descartam como sendo de menor importância. Finalmente, por volta das 20h30 lá apareceu o cirurgião principal: um homem alto, com farta cabeleira grisalha, toda despenteada, com ar de quem caminha a passos largos para preencher o lugar de cientista louco. Disse que tinha corrido tudo muito bem, que tinham retirado tudo e que os materiais, chamemos-lhe assim, tinham sido enviados para o laboratório. Passado uns minutos, aparece o Super Pai, super drogado, a teimar comigo que ainda não tinha sido operado e depois, a insistir que tinha estado meio acordado durante a intervenção. O poder das drogas é fabuloso...
E terminou assim um dia de stress. Ver Super Pais ser levados em camas de hospital é complicado. Parece que lhes retiram a super capa, ficando todas as vulnerabilidades dos comuns mortais à vista. E os pais nunca deviam ser mortais. Eu sei que são, mas não deviam.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
On attends...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Em stress, Em França. Mas em andamento positivo...
O espírito começou a esmorecer com a chegada à clínica. Estávamos à espera de um espaço topo de gama e o que encontramos foi um beco, com edifícios antigos, nem todos bem recuperados. Os sinais estão colados nas paredes dentro de micas transparentes; a sinalética dos pisos é alterada a marcador... A entrada no quarto foi o choque maior. As saudades que trouxeram os hospitais portugueses: persianas sujas, janelas sem cortinas (o parque de estacionamento teve uma maravilhosa vista do peitaço do Super Pai), quarto sem sítios para pousar as coisas básicas, armários sem puxadores, quarto de banho sem sabonete. Enfim... Eu sei que o importante é que os médicos sejam bons (excelentes, tá?) e que o robot seja tudo o que é publicitado. Mas quem já trabalhou em hospitais, aliás, quem já usou um espaço hospitalar, percebe que para o doente todos os pormenores contam. E nem o Super Optimismo (meio fachada, mas isso é outro capítulo) do SP aguenta tanta falta de atenção.
Felizmente estamos cá para resolver estas coisas e a vontade de animar também é muita. Depois de torturar umas enfermeiras e de fazer cara feia a umas auxiliares, já conseguimos ir às lágrimas de tanto rir. Os ânimos já se elevaram, a malta já tá de pijaminha, pronta a saltar para o vale dos lençóis (que aqui é mais pedreira, porque as camas devem ter vindo para cá em 1675 quando o sítio foi inaugurado). Amanhá o SP vai para o bloco às 14h. Eu vou fazer o check-in num hotel aqui ao lado. Até já.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Post de uma morte anunciada
Pois em pouco mais de um mês tive casamentos e funerais, internamentos e biópsias, festas, noitadas e directas. Parece extracto de vida concentrado, tudo a cair em catadupa que é para ter mais efeito. Está a ser interessante, mas com tanta montanha russa, não há tempo, disposição nem paciência para proceder ao registo das actividades neste espaço. Quando as horas que antes se passavam numa secretária, com pouco para fazer e tempo para escrever, são substituídas por experiências, dramas, aventuras, enfim... vida à portuguesa, temos mais é que mergulhar de cabeça neste caldeirão de acontecimentos, senão arriscamo-nos a perder os pormenores. Que são os que fazem toda a diferença.
Em breve haverá uma apresentação pública das experiências que foram sendo registadas nesta Fila ao longo destes tempos. Deverá acontecer em Matosinhos e será recheada de fotos, relatos e detalhes sórdidos e será anunciada aqui. Depois partiremos para outra. Até lá, roubo a ideia à Inês.
Beijinhos, Teresa